terça-feira, 14 de setembro de 2010

O dia em que fui barrada

Já falei aqui sobre o adesivo especial que possuo no carro, que dá prioridade ao deficiente para estacionar em qualquer lugar do Brasil, já que há uma lei federal sobre isso.Porém, a situação que contarei agora exemplifica que muita gente ainda desrespeita isso.

Outro dia fui com minha família almoçar no Parque da Harmonia, onde meu tio acampa durante a Semana Farroupilha. Não é um lugar muito fácil de andar com a cadeira de rodas, o chão batido dificulta a locomoção, mas ainda assim eu costumo me aventurar.

Tentando evitar um percurso muito longo empurrando minha cadeira, tentamos acesso em uma entrada que dizia "somente veículos credenciados". Mas, apesar do aviso, tínhamos certeza de que teriam o bom senso de nos deixar passar, visto que nosso carro possui as credenciais de veículo de deficiente físico.

Qual não foi nossa surpresa ao sermos barradas! Sim, o segurança insistiu que somente veículos credenciados, ou seja, de pessoas que estavam acampadas no Parque, poderiam passar.

Apelamos para o bom senso do rapaz, falamos sobre a lei, mostramos os inúmeros adesivos... Nada adiantou, ele ficou irredutível e não permitiu que entrássemos, a não ser que conseguíssemos a bendita credencial.

Meu tio, que possui credenciamento, veio ao nosso encontro e também tentou argumentar. Não bastasse a intransigência do segurança, sofremos também com a omissão da Brigada Militar, que observava tudo e nada fazia.

Enfim, após muita discussão, adentramos no local. Apesar de tantos protestos e argumentos, o segurança não se convenceu e mostrou-se contrariado quando conseguimos passar.

Entendo que existiam ordens superiores, não sei ao certo de quem, de não deixar passar nenhum veículo que não estivesse credenciado. Porém, mesmo nesses casos, deve existir o bom senso. Toda regra tem sua exceção, principalmente quando se trata de humanidade. Palavrinha simples essa, HUMANIDADE, mas que está em falta por aí.