segunda-feira, 31 de maio de 2010

Só pra contrariar

É, pelo jeito a moda dos cadeirantes na mídia veio pra ficar. A novela Viver a Vida abriu portas, fez com que muita gente visse os deficientes como pessoas capazes de ter uma vida normal, namorar, trabalhar, estudar, apesar das limitações.

E não é que, como diz o tio Jairo, o pessoal "malacabado" tá dominando o mundo? Fico muito feliz de ver a repórter Flávia Cintra apresentando matérias no Fantástico, como uma boa jornalista que se preze. Nada sobre reportagens voltadas para pessoas com deficiência, a moça apresenta assuntos do cotidiano, sem o estigma da "repórter cadeirante".

Flávia Cintra, a inspiração de Manoel Carlos para a personagem Luciana, é um dos muitos exemplos de que deficiência física não impede ninguém de seguir a profissão que quiser. Isso é pra dar uma lição em quem acha que as barreiras físicas são impedimento para uma boa atuação profissional.

Há alguns meses, uma matéria do Jornal Hoje, ao citar os problemas que os deficientes enfrentam para ingressar no mercado de trabalho, fez uma "tabelinha" especificando que tarefas as pessoas com diferentes tipos de deficiência devem exercer. Segundo a "lógica burra" da reportagem, pessoas com deficiência física só teriam capacidade para exercer funções administrativas, financeiras ou de informática.

Ah, jura? Puxa, ninguém me avisou disso antes, eu fiz faculdade de Jornalismo, não podia? Aliás, assim como eu, Jairo MarquesFlávia Cintra e tantos outros estão aí pra desafiar a lógica e o senso comum. Quer dizer que deficientes não podem ser jornalistas, professores, advogados, atores, modelos, médicos? Nada disso! Não se esqueçam de que, junto com as limitações, Deus acrescentou ao pacote das pessoas com deficiência muita teimosia e coragem pra mostrar que nada é impossível.

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