A ideia desse post veio do comentário que meu primo Rodrigo fez ontem no blog: "vejo ela como cadeirante desde pequeno..."
Comecei a pensar nas crianças que conviveram e convivem comigo, principalmente meus primos e minhas irmãs, que sempre lidaram com minha deficiência de forma muito natural. Algumas coisas nem era preciso ensinar, foi tudo intuitivo, com a sensibilidade que só as crianças têm pra compreender a vida.
O Rodrigo e minhas manas Naty e Lelê, que são bem mais novos que eu, aprenderam a empurrar minha cadeira quando mal sabiam caminhar, sempre cheios de cuidados e com muito carinho, encontrando maneiras especiais de brincar comigo.
Atualmente, quem está dando os primeiros passos (literalmente) na convivência com uma cadeirante é minha afilhadinha, Gabriela. A lindinha da dinda, com menos de dois anos, já sabe me empurrar, e aprendeu a subir sozinha na minha cadeira pra ganhar colo.
Por outro lado, as crianças que não me conhecem, olham cheias de curiosidade. Algumas chegam e fazem perguntas, ou simplesmente ficam "encarando". Eu até entendo, acho normal que nos primeiros anos de vida o "diferente" gere espanto. O que não dá pra entender é o preconceito dos adultos, estes já deveriam estar conscientes de que "ser diferente é normal".
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