quinta-feira, 25 de março de 2010

No meio do caminho tinha um buraco...

Esta semana, a novela Viver a Vida mostrou como os cadeirantes sofrem ao circular pelas calçadas de uma cidade. A personagem Luciana, vivida por Alinne Morais, sentiu na pele como um simples passeio pelas ruas é uma aventura para quem tem deficiência física. Espero que mostrar isso em horário nobre sirva de alerta, quem sabe um primeiro passo para consertar as barreiras que as áreas urbanas nos impõem?

Há exatos sete anos, uma calçada esburacada mudou minha vida. As rodas da frente da cadeira ficaram presas e eu caí, quebrando o braço e a perna direitos. Desde então, ainda não recuperei a mobilidade do braço, portanto deixei de fazer movimentos importantes, como sair da cadeira de rodas sozinha pra outros lugares. Um grande estrago por conta de uma simples imperfeição da calçada...

Assim como eu, muitos cadeirantes vivem um verdadeiro "rally" ao tentar vencer os obstáculos impostos pelas cidades. São calçadas mal feitas e sem rampas, ruas cheias de buracos e muitos outros problemas. Isso não afeta apenas a vida dos cadeirantes, pessoas idosas e crianças pequenas também sofrem. Outro dia o Diário Gaúcho publicou uma matéria sobre isso, leiam aqui.

Cadeirantes precisam sair pra rua, trabalhar, estudar, viver! Foi-se o tempo em que o deficiente, coitadinho, ficava em casa, sendo um peso para a família. Hoje em dia superamos muitas barreiras, mas os problemas arquitetônicos acabam impedindo ou restrigindo nosso direito de ir e vir.

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