quarta-feira, 17 de março de 2010

No escurinho do cinema



Foi-se o tempo em que pessoas com deficiência ficavam trancadas em casa, reclamando da vida. Ainda bem que, hoje em dia, muita gente resolveu "sair da casca", seguir em frente sem medo, ter vida escolar, acadêmica, profissional e, é claro, social.

Aí é que está o problema. Ir a danceterias, bares, cinemas ou teatros é quase sempre uma aventura pra quem usa cadeira de rodas. Os cinemas são um grande exemplo da falta de infraestrutura que acomete as grandes cidades.

Em Porto Alegre, a maioria das salas de cinema que costumo frequentar possui escadarias, degraus e não há lugares específicos para cadeirantes. Quando perguntei se havia espaços reservados, indicaram que eu ficasse na primeira fila.
Ah, que ótimo! E o torcicolo? Sem contar que não se enxerga absolutamente nada, é quase dentro da tela!

Mas, como sou teimosa, continuei frequentando os cinemas, mesmo tendo que subir vários degraus (com ajuda, é claro). Mas é um absurdo passar tanto trabalho, por conta de uma coisa tão simples como ver um filminho, né?

Eis que surge uma luz no fim do túnel. Recentemente, arrisquei ir pela primeira vez ao GNC Iguatemi, em funcionamento há pouco mais de um ano. Ao escolher os lugares, a atendente me indicou os reservados para cadeirantes. Como? Existe isso? Siiiim, e não para por aí! Os espaços são a uma distância "decente" da tela e há rampas por todos os lados.

É, demora mas às vezes encontramos ações que beneficiam pessoas com deficiência. Já está mais do que na hora de expandir esse tipo de "novidade" para todas as áreas de lazer.
Foto: Divulgação, GNC

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